terça-feira, 26 de junho de 2012

Comunidade do Baú celebra tríduo em honra ao Sagrado Coração de Jesus


   A sexta-feira seguinte ao segundo domingo depois de Pentecostes a Igreja Católica celebra a solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Além da celebração litúrgica, muitas outras expressões de piedade têm por objeto o Coração de Cristo. Não tem dúvida de que a devoção ao Coração do Salvador tem sido, e continua a ser, uma das expressões mais difundidas e amadas da piedade eclesiástica. Entendida à luz da Sagrada Escritura, a expressão “Coração de Cristo” designa o mesmo mistério de Cristo, a totalidade do seu ser, a sua pessoa considerada no seu núcleo mais íntimo e essencial.
   Como o têm lembrado frequentemente os Romanos Pontífices, a devoção ao Coração de Cristo tem um sólido fundamento na Escritura. Jesus apresenta-se a si mesmo como mestre “manso e humilde de Coração” (Mt. 11, 29). Pode dizer-se que a devoção ao Coração de Jesus é a tradução em termos cultuais do reparo que, segundo as palavras proféticas e evangélicas, todas as gerações cristãs voltaram para aquele que foi atravessado (cfr. Jo. 19, 27; Zc. 12, 10), isto é, o costado de Cristo atravessado pela lança, do qual brotou sangue e água, símbolo do “sacramento admirável de toda a Igreja”.
   O texto de São João que narra a ostentação das mãos e do costado de Cristo aos discípulos (Cfr. Jo. 20, 20) e o convite dirigido por Cristo a um de seus discípulos para que estendesse a sua mão e a introduzisse no seu costado (Cfr. Jo, 20 27), tiveram também um influxo notável na origem e no desenvolvimento da piedade eclesiástica ao Sagrado Coração.
   Estes textos, e outros foram objeto de assídua meditação por parte dos Santos Padres que desvendaram as riquezas doutrinais e com frequência convidaram aos fiéis a penetrar no mistério de Cristo pela porta aberta de seu costado. Assim, santo Agostinho diz: “A entrada é acessível: Cristo é a porta. Também se abriu para ti quando o seu costado foi aberto pela lança. Lembra o que dali saiu; portanto olha por onde podes entrar. Do costado do Senhor pendurado que morria na Cruz saiu sangue e água quando foi aberto pela lança. Na água está a tua purificação, no sangue a tua redenção.”
   A Idade Média foi uma época especialmente fecunda para o desenvolvimento da devoção ao Coração do Salvador. Homens insignes pela sua doutrina e santidade, como São Bernardo (+1153), São Boaventura (+1274), Santa Lutgarda (+1246), Santa Matilde de Magdeburgo (+1282), as Santas Irmãs Matilde (+1299) e Gertrudes (+1302), Ludolfo de Saxónia (+1378) e Santa Catarina de Siena(+1380) aprofundaram o mistério do Coração de Cristo no qual percebiam o “refúgio” aonde acolher-se.
   Na época moderna o culto ao Sagrado Coração do Salvador teve novo desenvolvimento. No momento em que o jansenismo proclamava os rigores da justiça divina, a devoção ao Coração de Cristo foi um antídoto para suscitar nos fiéis o amor ao Senhor e a confiança na sua infinita misericórdia, da qual o Coração é prenda e símbolo. São Francisco de Sales (+1622), que adotou como norma de vida e apostolado a atitude fundamental do Coração de Cristo, ou seja, a humildade, a mansidão, (Cfr. Mt. 11, 29), o amor terno e misericordioso; Santa Margarida Maria Alacoque (+1690), a quem o Senhor mostrou repetidas vezes as riquezas do Seu Coração; São João Eudes (+1680), promotor do culto litúrgico ao Sagrado Coração; São Cláudio de la Colombière (+1682), São João Bosco(+1888) e outros santos têm sido apóstolos insignes da devoção ao Sagrado Coração.
   As formas de devoção ao Coração do Salvador são muito numerosas; algumas têm sido explicitamente aprovadas e recomendadas pela Santa Sé. Entre elas devem ser lembradas: a Consagração pessoal, que, segundo Pio XI, “entre todas as práticas do culto ao Sagrado Coração é sem dúvida a principal”; a Consagração da família; as Ladainhas do Sagrado Coração de Jesus; o Ato de Reparação; e a prática das Nove Primeiras Sextas-feiras.
   É preciso, porém, que se instrua de maneira conveniente os fiéis: sobre o fato de que não se deve pôr nesta prática uma confiança que se converta em vã credulidade que, na ordem da salvação, anule as exigências absolutamente necessárias de Fé operante e do propósito de levar uma vida conforme ao Evangelho; sobre o valor absolutamente principal do domingo, a “festa primordial”, que deve caracterizar-se pela plena participação dos fiéis na celebração eucarística.









Marcaram presença durante o tríduo o Padre Geanluidi e o celebrante Wagner




Comunidade celebra Festa de São João Batista

São João Batista era filho de Zacarias e de Isabel, ambos de estirpe sacerdotal. Sabemos pelas palavras do Anjo Gabriel, que João (cujo nome significa "Deus é propício") foi concebido aos dois cônjuges em idade avançada. Já descrito na Escritura como o percussor do Messias, João tinha o caráter forte de Elias. A sua missão de fato será semelhante "no espírito e no poder" aquela do profeta Elias, enviado para preparar "um povo perfeito" para o advento do Messias. A criança que vai nascer percebe a presença de Jesus "estremecendo de alegria" no ventre materno por ocasião da visita de Maria à prima Isabel. Enviado por Deus para "endireitar os caminhos do Senhor", foi santificado pela graça divina antes mesmo que seus olhos se abrissem à luz. "Eis - diz Isabel repleta do Espírito Santo, a Maria - quando tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu ventre".
Conforme a cronologia sugerida pelo Anjo Gabriel (este é o sexto mês para Isabel), o nascimento do precursor foi fixado pela Igreja latina três meses após a Anunciação e seis meses antes do Natal. A celebração da Natividade do Batista é, com a do nascimento de Jesus e de Maria, a única festa litúrgica que a Igreja dedica ao nascimento de um santo. São João Batista é o primeiro santo venerado na Igreja universal com festa litúrgica particular, em data antiqüíssima. Santo Agostinho nos diz que o santo era comemorado a 24 de junho na Igreja africana.
A história da redenção de São João Batista está entre as personalidades mais singulares: é o último profeta e o primeiro apóstolo, enquanto precede o Messias e lhe dá testemunho. "É mais que profeta - disse ainda Jesus. É dele que está escrito: eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti".
Castigador da hipocrisia e da imoralidade pagou com o martírio o rigor moral que ele pregava.