sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Formação: Fundamentação Bíblica do Domingo

As celebrações festivas e litúrgicas da Igreja primitiva, no fervor pascal do Cristo ressuscitado, sempre foram centradas na Ceia do Senhor (Cf. 1Cor 11,20). Davam elas, assim, aos primeiros cristãos um sentido de viva pertença a Cristo (Cf. 1Cor 10,16), uma alegria de jubilosa expectativa de sua segunda vinda, expressa em sua oração "Maranatha" - Vem, Senhor Jesus! - (Cf. 1Cor 16,22; Ap 22,20).
Tais celebrações cristãs eram realizadas no primeiro dia da semana (At 20,7), chamado então "Dia do Senhor", isto é, Domingo, pedra, pois, fundamental de todo o edifício litúrgico. É o dia da ressurreição do Senhor, de que falam todos os evangelistas (Mt 28,1ss; Mc 16,1ss; Lc 24,1ss; Jo 20,1ss). E o Domingo vai ser também o dia das primeiras aparições do Senhor Ressuscitado (Cf. Mt 28, 1.9.16-17; Mc 16,9.12.14; Lc 24,1.13-15.36; Jo 20,1.14-23.26), dia em que também comunica aos Apóstolos o Espírito Santo (Cf. Jo 20,22-23).
Na expectativa messiânica, o Domingo é "visto" no Antigo Testamento como o dia que "o Senhor fez para nós" (Sl 118(117)24), dia, pois, da ressurreição e da jubilosa alegria pascal. Essa alegria sem par, prefigurada no relato bíblico da criação, onde Deus cria a luz no primeiro dia (Cf. Gn 1,3), é vista no Novo Testamento como a nova luz "que ilumina todo homem" (Jo 1,9), tornando-o nova criatura (2Cor 5,17) e homem novo (Ef 2,15). Luz que é, finalmente, podemos concluir, o próprio Deus, Ele mesmo a brilhar na Jerusalém Celeste (Cf. Ap 22,5).

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